E agora, Barroca?

 E agora, Barroca?

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				E agora, Barroca?

Eduardo Barroca – CRB.

— Foto: Francisco Cedrim

O retrato das trinta e seis rodadas deixa pouca margem para dúvida, o trabalho de Eduardo Barroca virou ativo de mercado. A campanha do CRB como mandante é um ponto fora da curva, trinta e nove pontos em dezoito jogos, melhor defesa da competição em casa, terceiro melhor ataque e setenta e três vírgula cinco por cento dos pontos conquistados no Rei Pelé. Mesmo com dois jogos ainda por disputar, o recorte atual já explica o interesse que começa a se formar.

Executivos de futebol no mercado da bola enxergam mérito claro no comando técnico, principalmente por entregar regularidade com um elenco competitivo, mas longe dos maiores investimentos da competição. O time atravessou cinco derrotas consecutivas sem tocar na zona de risco, algo raro em uma Série B que pune qualquer oscilação. Natural que clubes que devem fechar o campeonato em quinto ou sexto e os rebaixados da Série A olhem com atenção. O mercado quer desempenho, leitura da competição e constância. Ele entregou tudo isso.


				E agora, Barroca?

Mario Marroquim e Barroca buscam o entendimento para seguir juntos em 2026..

— Foto: Francisco Cedrim

A adaptação ao clube e à cidade é visível. E quem leu o seu livro Modelo de Trabalho sabe como Barroca conduz fases de renovação, sinaliza ao empresário, aguarda o ambiente se estabilizar e só então projeta o próximo ciclo. Há interesse em permanecer, mas existe uma peça nova no tabuleiro. O fair play financeiro da CBF avisa que contratos e estruturas precisam se readequar, inclusive em clubes que têm saúde organizacional. O meio campo titular do CRB, custa  acima de trezentos e trinta mil reais somados, é um exemplo de como o mercado terá de rever práticas.

O estadual adiciona pressão, o CRB entra como alvo, busca o penta e carrega o peso de um treinador que elevou o sarrafo ao implantar um DNA ofensivo e dominante que marcou a Série B. O nível subiu, a cobrança vem junto, simples assim.

O segundo caminho também está na mesa, não aceitar os termos e aguardar o movimento natural do mercado entre o fim dos estaduais e a abertura do Brasileiro. Propostas aparecem porque sempre aparecem, é a dinâmica da função.

Todo técnico sonha com longevidade, mas ela só existe quando os três pilares se encontram, técnico, financeiro e emocional. O CRB pode oferecer isso se houver alinhamento. Agora é esperar a decisão.

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